História
História da Cidade
Publicado em 23/04/2009 10:00 - Atualizado em 12/01/2021 13:08
Bom Jesus do Galho é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e pertence ao colar metropolitano do Vale do Aço, estando situado a cerca de 300 km a leste da capital do estado. Ocupa uma área de 592,289 km², sendo que 2,2 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2018 era de 15 010 habitantes.
A sede tem uma temperatura média anual de 21,3 °C e na vegetação original do município predomina a Mata Atlântica. Com 65% da população vivendo na zona urbana, Bom Jesus do Galho contava, em 2009, com dezesseis estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,623, classificado como médio em relação ao estado.
A exploração da área do atual município teve início no século XVIII, quando chegam os primeiros civilizados, que estavam a explorar o Vale do Rio Doce e mais tarde adquirir terras dos indígenas. As disputas por território geraram vários conflitos, mas a catequização dos índios, defendida por Guido Marlière, fez com que fosse possível formar um povoado. Este se desenvolveu em função da agricultura, sendo elevado a distrito, pertencente a Caratinga em 1877 e emancipado em 31 de dezembro de 1943.
As principais manifestações culturais presentes no município são o artesanato e os grupos teatrais e de manifestação tradicional popular, além dos eventos festivos, tais como o Carnaval, a Festa do Bonjesuense Ausente e as comemorações religiosas da Semana Santa e da Festa do Jubileu do Senhor do Bom Jesus. Também destacam-se as cachoeiras e lagoas propícias a banhos e os atrativos naturais ligados ao raio de influência do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), além do Cristo da Paz da cidade.
Até o século XVIII, o lugar era habitado exclusivamente pelos índios botocudos. A região de Ouro Preto passava por uma decadência na extração de ouro e com isso expedições adentaram o Vale do Rio Doce à procura do metal até o atual município de Conselheiro Pena (onde chegaram em 1781). Os exploradores instalaram um ponto de parada em Quartel do Sacramento e próximo dali construíram uma ponte sobre o Rio Doce em 1779. No começo do século XIX, houve interesse por parte dos colonos de habitarem o Vale do Rio Doce, passando a disputar as terras com os índios. Durante as disputas, os indígenas supostamente incendiaram a antiga ponte, que foi reconstruída na década de 1930 e atualmente é conhecida como Ponte Queimada,[9][10] onde hoje se encontra a divisa entre Pingo-d'Água e Marliéria.[11]
Ruas em Revés de Belém, distrito criado em 1996.
Em 1820, o soldado francês Guido Marlière substitui as batalhas contra os índios pela catequização dos mesmos, facilitando o povoamento, e em 1847, Reginaldo Lopes e João José da Silva tomam posse de sesmarias de terras na cidade. Nas décadas seguintes observa-se um considerável desenvolvimento em função da agricultura e um notável fluxo migratório para o atual município, em especial com pessoas de origem de Araponga, Jequeri, Ervália e Viçosa.[9] O topônimo "Bom Jesus" foi uma homenagem que Adão Coelho fez após recorrer ao Senhor Bom Jesus e se curar de uma enfermidade, por volta de 1880. Adão doou terreno para construir uma pequena capela, onde situa-se a Igreja Matriz. Ao seu redor se formou um pequeno núcleo urbano, que teve um abrupto crescimento após a chegada da Estrada de Ferro Leopoldina, na década de 30, sendo desativada décadas depois.[9]
Dada a evolução econômica e demográfica, pela lei provincial nº 2.407, de 5 de novembro de 1877, é criado a partir do povoado o distrito de Galho (subordinado a Caratinga), recebendo a denominação de Bom Jesus do Galho pela lei estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911. Pela lei estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, o distrito perde área para a criação de Vermelho Velho, pertencente a Matipó.[3] Sua emancipação ocorreu pelo decreto-lei estadual nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943,[12] constituído pela sede municipal e pelo distrito de Vermelho Velho, que voltou a fazer parte de Bom Jesus do Galho.[3]
Pela estadual nº 336, de 27 de dezembro de 1948, foram criados os distritos de Córrego Novo e Passa Dez, ao mesmo tempo que Vermelho Velho voltou a ser desmembrado de Bom Jesus do Galho, agora anexado a Raul Soares. Pela lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, houve a criação do distrito de Quartel do Sacramento e Córrego Novo foi elevado a município. A lei complementar nº 7, de 2 de agosto de 1996, criou o distrito de Revés de Belém, restando a partir de então três distritos, além da sede municipal: Passa Dez, Quartel do Sacramento e Revés de Belém.[3]
por Comunicação Portal Fácil